Por sua vez, ambiental diz respeito a tudo o que é relativo ao ambiente, ou seja, ao espaço que nos rodeia ou nos envolve por todos os lados, constituindo o meio em que vivemos. Sendo assim, entende-se por conforto ambiental uma sensação que reflete o grau de satisfação com o ambiente natural ou artificial envolvente. O que nos permite falar em satisfação com o ambiente térmico, acústico, lumínico, arquitetônico, urbanístico.

O problema é que, desde os mais remotos tempos, na busca incessante por melhores condições de vida, a humanidade vem modificando a natureza de forma a comprometer e/ou colocar em risco sua própria sobrevivência. Aqui reside a atualidade permanente das discussões em torno do Conforto Ambiental.

Da leitura dos artigos que compõem a 22ª edição da revista, é possível apreender um sentido comum, uma mensagem unificadora.
A de que hoje não é mais possível continuar a planejar e executar, a projetar e construir, a gerenciar e interferir na natureza, sem considerar um conjunto de princípios, valores e posturas que apontem para uma nova relação com o meio ambiente.

Relação que deve ser mais integradora e menos predadora, e que exige a compreensão dos limites planetários, bem como de suas fontes de vida e energia – fontes de conforto ambiental por excelência.

Aqui reside a repercussão social dos debates sobre o Conforto Ambiental. Portanto, no limite do projeto editorial de Ciência & Ambiente, é essa contribuição que desejamos oferecer aos pensadores e profissionais que tentam construir uma vida melhor para todos e, em particular, aos nossos atentos leitores.